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terça-feira, 14 de setembro de 2010

A mudança necessita de desejo.

Estou iniciando a vida de blogueiro agora, mas antes, eu já sentia um estimulo em escrever textos e divulgá-los, só não ia a fundo nesse desejo, deixando-o simplesmente como um querer a mais. Hoje em dia é comum nós querermos determinadas "coisas" para nossas vidas, mas será que realmente a gente necessita de tudo o que pensamos em obter?

No mundo do consumismo o que não falta são sonhos há serem realizados por parte de cada pessoa. A vontade de obter algo na vida, seja na carreira profissional ou não, leva o ser humano, em algumas vezes, a desfrutar de um pensamento instintivo determinado pelo meio e por suas emoções. A busca da carreira profissional bem sucedida se insere bem neste contexto quando se considera o meio em que o estudante é introduzido, tornando-o simplesmente um instrumento que tem que se mover em direção ao sucesso, que subentende-se, sendo na universidade.

As pressões psicológicas atadas ao novo modelo de se conceber o estudo com notas altas, não só torna a educação falha, e sim toda uma geração que é considerada de gênios. A falta de sensibilidade das pessoas em perceber o que estão aprendendo abriu local simplesmente para uma maquinização do saber, diminuindo abruptamente a formação do senso crítico e conseqüentemente fortalecendo o conformismo da vida, o tipo "tá ruim, mas é assim mesmo, ninguém muda". A mídia exibe esse fato a todos os momentos, quando apresenta matérias sobre a falência de hospitais, escolas, transportes, ou seja no setor publico em geral que prejudicam de forma direta a população mais carente. Não estou acusando o povo brasileiro de ser culpado de tais problemas, e sim tentando demonstrar a que ponto de desorganização social nosso país ainda se encontra.

Por outro lado, pelo que tenho observado na tv e em noticiários na internet, o que se considera como crescimento do país é investimento no setor civil e industrial. Não considero que seja somente isto, ao não ser que o Brasil tenha baixado uma ideologia da política social chinesa, o que eu não acredito muito, apesar da acentuada diferença social existente aqui neste país. O que há de ruim aqui hoje, muitas vezes, é fruto do passado e do desenvolvimento histórico. Porém casos como o de corrupção na cidade de Dourados, em Mato Grosso do Sul, só trazem decepção e falta de confiança para os habitantes. Então se torna dificil debater sobre necessidades em locais onde o sentimento de desejo prevalece.

De certa forma, desejo e necessidade, a depender de quem as olhe, tornarão-se difíceis de serem aplicadas, pois, haverá sempre um contrariamento de interesses que resulta em insatisfação. O explemplo sécular que se pode dá é o do patrão e o do proletariado. Ou seja, ninguém hoje em dia quer perder alguma oportunidade lucrativa para abrir concessão a outros que são menos desfavorecidos. Diante disso o estado se encontra em uma encruzilhada sobre o que fazer para agradar ambos os lados, e a partir daí nasce as chamas regalias empresariais e pacotes de ajudas aos mais necessitados.

Seguindo-se o ritmo histórico, perde-se o sonho, de um dia um cidadão ser conhecido apenas pelo seu nome e não, como é hoje, pelo seu nome seguido de sua profissão. O fato é que isso já está introduzido no cotidiano das pessoas, limitando várias delas no que se diz ao convívio social, umas vez que a maioria delas seleciona seus amigos com base na sua condição financeira, criando às vezes estereótipos sobre determinadas profissões menos nobres no contexto da sociedade capitalista. Tais formas de avaliar o mundo, só tendem a piorar as condições de assimilação dos excluídos na vida social, uma vez que eles que são tidos como o povo ignorante e rude.

Sendo assim, tudo é condicionado a escolhas. Necessidades nem sempre irão convergir com desejo, proporcionando assim uma fragmentação de pensamentos e de ideologias, o que em muitas vezes dificulta a melhoria social, gerando, assim, uma negação do nome sociedade que reflete em vida comunitária de ajuda mútua.

Um comentário:

  1. Iai man, Seu texto está bom, mas eu só achei um pouco misturado, por exemplo, a princípio você deu a impressão que ia tratar de um assunto mais específico que é a necessidade que temos daquilo que pensamos em obter.

    Porém depois você generalizou entrando em outros assuntos que fugiu um pouco da ideia que aparentemente seria o centro, entretanto você fez um bom desenvolvimento com exemplos variados.

    Um dica para uma boa redação que vi a pouco tempo em uma revista é de colocarmos citações ou teses do assunto que iremos tratar na introdução, depois dividir os parágrafos com argumentos focados em cada assunto ou tese proposto anteriormente e na conclusão retornar aos assuntos do inicio, porém citando alguma solução parcial baseada nos argumentos do desenvolvimento.

    Mas isso man, cada um pode fazer do jeito que achar melhor, não há um padrão estabelecido...

    Seu texto ficou massa!

    Abraço

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